Ordem é evitar polêmicas como as de Israel e deixar tema com Itamaraty
A expectativa no entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que o governo brasileiro mantenha um tom cauteloso em relação ao conflito na Síria.
Dada a sensibilidade da situação no Oriente Médio e a agenda carregada do governo no Brasil, a ideia é passar longe de polêmicas como as que cercaram manifestações de Lula em outros conflitos internacionais, como na Ucrânia e em Israel.
A ideia é que o Ministério de Relações Exteriores concentre as manifestações sobre o assunto.
O Itamaraty se posicionou sobre a crise ainda na noite de sábado, antes da queda de Bashar Al-Assad. Em nota, a pasta disse que o governo brasileiro “acompanha com preocupação a escalada de hostilidades na Síria”.
A nota pede que as partes envolvidas assegurem a integridade da população e da infraestrutura civis, reforçando “a necessidade de pleno respeito ao direito internacional, inclusive ao direito internacional humanitário, bem como à unidade territorial síria e às resoluções pertinentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.
“O Brasil apoia os esforços para solução política e negociada do conflito na Síria, que respeitem a soberania e a integridade territorial do país”, diz o documento.
Na nota, o Brasil também incentivou brasileiros que estejam na Síria a deixarem o país. Por enquanto, não há previsão de que o País realize uma operação de resgate.