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Operação na Tríplice Fronteira: O trabalho do Pelotão Especial de Fronteira do Exército Brasileiro em Ipiranga

Texto: Redação | Fotos: Bruno Kelly/VEJA |

Cerca de 45 minutos de helicóptero separam a cidade de Tabatinga, no Amazonas, da remota comunidade de Ipiranga, localizada às margens do Rio Içá, na estratégica Tríplice Fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Essa região, marcada por densa floresta e vasta rede fluvial, é palco de operações contínuas do Pelotão Especial de Fronteira (PEF) do Exército Brasileiro, que atua no combate ao crime organizado, narcotráfico e outros ilícitos transfronteiriços.

De acordo com informações do Portal oficial do Exército Brasileiro, os PEFs são unidades especializadas projetadas para atuar em áreas de difícil acesso, onde a presença do Estado é limitada. Em Ipiranga, os militares realizam patrulhas terrestres e fluviais, além de operações conjuntas com a Polícia Federal, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e forças de segurança dos países vizinhos.

O Comando Militar da Amazônia (CMA) destaca que a região da Tríplice Fronteira é crítica devido à atuação de facções criminosas que exploram rotas de drogas, contrabando e tráfico de armas. O Exército mantém um posto avançado em Ipiranga, onde soldados vivem em condições extremas, enfrentando desde o clima hostil até o isolamento logístico.

Segundo relatórios do Ministério da Defesa, o Brasil tem ampliado a cooperação com Colômbia e Peru por meio de acordos de inteligência e operações coordenadas. Dados do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) indicam que, apenas em 2023, foram apreendidas mais de 5 toneladas de drogas na fronteira amazônica, além de armas e bens contrabandeados.

O Exército Brasileiro também utiliza tecnologia de monitoramento, como radares e drones, para rastrear movimentos suspeitos na região. Em entrevista ao site oficial da Força Terrestre, o comandante do 8º Batalhão de Infantaria de Selva, sediado em Tabatinga, afirmou que “a presença militar inibe a ação de criminosos e garante segurança para as comunidades ribeirinhas”.

Além das missões operacionais, os militares realizam ações cívico-sociais, como atendimentos médicos e distribuição de suprimentos para populações isoladas. Essas iniciativas, conforme divulgado pelo Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx), fortalecem o vínculo entre as Forças Armadas e os moradores locais, essencial para obter informações sobre atividades ilegais.

A reportagem da Agência Brasil destacou que os soldados passam semanas longe de suas famílias, em um ambiente onde a comunicação é escassa e os riscos são permanentes. Apesar disso, o treinamento rigoroso em sobrevivência na selva e combate em ambiente hostil prepara os militares para os desafios da missão.

A atuação do Pelotão Especial de Fronteira em Ipiranga exemplifica a complexidade da segurança na Amazônia. Com uma combinação de presença militar, tecnologia e cooperação internacional, o Exército Brasileiro busca conter as ameaças na região, assegurando a soberania nacional e a proteção das comunidades locais.

Fontes: Site oficial do Exército Brasileiro, Comando Militar da Amazônia (CMA), Ministério da Defesa, Agência Brasil, Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam)

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