Política

Eleição de Alcolumbre no Senado fortalece agenda da Amazônia

Alcolumbre assume a presidência do Senado com apoio da bancada amazonense, prometendo avançar em pautas estratégicas como a BR-319 e a exploração de petróleo

A eleição do senador Davi Alcolumbre (União-AP) a presidente do Senado, neste sábado, 1º de fevereiro de 2025 – 73 votos a favor contra 4 de dois candidatos da oposição – contou com o apoio dos três senadores do estado do Amazonas.

E esse apoio trouxe na bagagem, por meio de uma forte articulação política, o fortalecimento da agenda da Amazônia. Isso porque Alcolumbre é senador pelo estado do Amapá.

“Amapá, estado que me honrou para estar aqui e que me confiou a honrosa missão de representá-lo nesta casa. Saiba que carrego o seu nome e a nossa gente no meu coração”, disse Alcolumbre após ser anunciado novo presidente do Senado.

Desse modo, de acordo com o senador Omar Aziz (PSD-AM), coordenador da bancada do Amazonas, no Congresso Nacional, Davi Alcolumbre firmou alguns compromissos tanto com o PSD, que lhe deu a unanimidade de 15 votos de sua bancada, tanto com as causas da Amazônia.

“A eleição do Davi, um amazônida, tem uma enorme importância para nós porque ele conhece a nossa realidade. O estado dele, por exemplo, está com problema lá na margem equatorial do Amapá para explorar petróleo, que é um absurdo. Nós somos PhD em exploração em águas profundas e aí fica essa picuinha de pessoas que estão militando e são fundamentalistas na área ambiental”,

disse Aziz.

Segundo o senador do Amazonas, essa vai ser uma luta da bancada do Norte que não vai sossegar enquanto não sair a autorização para a exploração do petróleo na foz do Amazonas.

Além disso, têm os indígenas. De acordo com Aziz, nenhum povo ou etnia é contra ter uma vida melhor (com a exploração de petróleo e outros minerais que existem na região).

Ainda tem a BR-319, um “calcanhar” [de Aquiles] que Alcolumbre tem o compromisso de apoiar, segundo Omar Aziz.

“Essas são questões claras que algumas pessoas dentro do governo, infelizmente são militantes, estão a serviço de outros países para que a gente não possa dar uma qualidade de vida melhor à nossa população. Então, essa é a nossa luta, vamos continuar com ela e o Davi está nessa com a gente”,

reiterou.

Zona Franca de Manaus

Da mesma forma o senador Eduardo Braga (MDB-AM) ressaltou a importância de Davi Alcolumbre, na presidência do Senado, para as pautas de desenvolvimento sustentável, infraestrutura, a exploração de petróleo a foz do rio Amazonas, que beneficia diretamente o estado do novo presidente.

Com relação à Zona Franca de Manaus, Braga, que foi relator da reforma tributária, disse que Alcolumbre deverá repetir o apoio ao projeto de lei complementar que vai chegar ao Congresso para tratar sobre os fundos regionais de compensação pelas perdas de arrecadação com a reforma tributária.

Poder e influência

Além disso, o emedebista ressaltou o poder e influência dos três senadores do Amazonas, nessa próxima legislatura, que vai liderar nada menos que 29 dos 81 senadores.

Dessa forma, o senador Omar Aziz, líder do PSD, vai liderar uma bancada de 15 senadores. Já Eduardo Braga vai comandar MDB, com 11 parlamentares e Plínio Valério, que agora é líder do PSDB com 3 senadores.

Portanto, essa interlocução com o presidente Davi Alcolumbre e a bancada do Amazonas será fundamental para a agenda da Amazônia no Senado.

Paz regional

Por sua vez, o senador Plínio Valério disse que a votação histórica do novo presidente do Senado dá garantias de maior conciliação e que levará à casa legislativa uma espécie de paz regional.

Dessa forma, o senador tucano acredita que Alcolumbre vai defender com mais intensidade a exploração do petróleo, a exploração da nossa riqueza natural dos estados.

No caso do estado do Amazonas, Valério espera que o presidente do Senado ajude no asfaltamento da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho. Assim como defender o modelo Zona Franca de Manaus. Isso porque o Amapá está no escopo da Suframa.

“Ele é do Amapá, estado que é discriminado, perseguido pelas organizações não governamentais (ongs), não pode fazer nada. O Amapá é muito manietado, tem cadeados ambientais terríveis. E ele, sendo presidente do Congresso Nacional, pode ser que a gente fure essa barreira da pauta ambiental”,

declarou Valério.


*Da BNC Amazonas
Fotos: Ariel Costa/divulgação

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