Política

Cúpula da PF acredita que PGR denunciará mais pessoas

Procuradoria-Geral da República denunciou 34 pessoas; demais denúncias devem constar outros nomes já apontados pela investigação

Nas 272 páginas da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), apresentada nessa terça-feira (18), alguns nomes anteriormente indiciados pela Polícia Federal (PF) ficaram de fora. Integrantes da cúpula da PF, porém, acreditam que mais pessoas serão denunciadas em novas manifestações da PGR.

São outras duas frentes que ainda não foram apresentadas em acusações: o caso das joias sauditas e a fraude nos cartões de vacina.

Delegados ouvidos pela reportagem dizem, também, que há uma expectativa de que alguns nomes indiciados devem ser denunciados no âmbito do inquérito das fake news, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre os nomes que foram indiciados pela PF no ano passado e não foram denunciados está o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Na lista dos que não constam também estão os militares Alexandre Castilho Bittencourt, Anderson Lima de Moura e Carlos Giovani Delevati Pasini, que assinaram uma carta que pressionava o comandante do Exército em 2022 a aderir à trama golpista apontada pela investigação.

Ficou de fora ainda o advogado Amauri Feres, citado no relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro como um dos coautores da minuta golpista apresentada a Jair Bolsonaro (PL).

Aparecido Portela, amigo próximo do ex-presidente, é outro que não foi denunciado. Assim como Fernando Cerimedo, o argentino que se tornou conhecido no Brasil em novembro de 2022 por causa da transmissão ao vivo em que anunciou a existência de um dossiê com supostas fraudes nas urnas eletrônicas.

O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, que teria participado de uma das reuniões sobre o plano golpista no Palácio do Planalto, também ficou fora da lista.

O mesmo ocorreu com o general Láercio Vergílio e Tércio Arnoud, que foi assessor especial de Jair Bolsonaro nos primeiros anos de gestão. Antes, trabalhou no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, no Rio de Janeiro.

Nessa denúncia, a PGR definiu uma parte dos inquéritos da PF. Juntou o da trama golpista, o da chamada “Abin paralela”, que é sobre monitoramento ilegal de pessoas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), chefiada, à época, por Alexandre Ramagem, e as blitze da Polícia Rodoviária Federal (PRF), feitas no segundo turno das eleições de 2022. A PGR diz que os bloqueios foram realizados para impedir que os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegassem aos locais de votação.

*Com informações da CNN Brasil

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