Política

Moraes dá recado afirma que redes sociais no Brasil só respeitando a lei

Alexandre de Moraes reforça que redes sociais no Brasil devem respeitar a lei, criticando big techs e destacando o papel do STF na regulamentação de discursos de ódio e fake news

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deixou claro nesta quarta-feira (8/1) que as redes sociais só poderão continuar suas operações no Brasil caso respeitem rigorosamente as leis do país. Durante um evento que marcou os dois anos dos ataques de 8 de janeiro, Moraes foi enfático ao afirmar que “as redes sociais não são terra sem lei” e que nenhuma “bravata de dirigentes irresponsáveis” mudará essa realidade.

Plataformas sob escrutínio

O discurso ocorre em um contexto de maior pressão sobre as big techs no Brasil, que são acusadas de permitir a disseminação de discursos de ódio e ações golpistas.

Moraes mencionou o papel das redes nos ataques antidemocráticos de janeiro de 2023, quando extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes, e reforçou que o STF não tolerará o uso das plataformas para promover racismo, homofobia, misoginia e outras formas de discurso antidemocrático.

Decisões recentes

A postura do ministro segue uma série de embates entre o STF e as empresas de tecnologia. Em agosto de 2024, Moraes chegou a suspender temporariamente o acesso à plataforma X, de Elon Musk, devido ao descumprimento de ordens judiciais. A rede só retomou as operações no país após se adequar às normas.

Meta em transição

A Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp anunciou mudanças significativas na moderação de conteúdo, extinguindo a parceria com verificadores de fatos e implementando sistemas dependentes de denúncias de usuários.

A decisão foi criticada por integrantes do governo brasileiro, que interpretaram declarações de Mark Zuckerberg como uma provocação ao STF.

Regulamentação em debate

O STF discute atualmente a responsabilização das redes sociais por conteúdos ofensivos publicados por terceiros, mesmo sem decisão judicial prévia.

O julgamento envolve a aplicação do Marco Civil da Internet, que estabelece os direitos e deveres no uso da rede.

Com um cenário de endurecimento no Brasil e mudanças nas políticas globais de grandes plataformas, o recado de Moraes sinaliza que, no país, as big techs terão que se enquadrar às nossas normas.

*Com informações da BNC Amazonas

Related posts

Desfile em comemoração ao Bicentenário reúne multidão na Esplanada

Redação

Presidente entrega medida provisória do novo Bolsa Família

Redação

Moraes dá 48 horas para PF ouvir ex-ministro do GSI

Redação

Deixe um comentário