Manaus (AM) – Após o “sinal verde” para realizar transplante de rim e implante coclear, o Amazonas também está autorizado a realizar transplante de fígado. A autorização para o procedimento, que deverá ser realizado no Hospital Delphina Aziz, no bairro Colônia Terra Nova, zona Norte da capital, foi dada pelo Ministério da Saúde, por meio da portaria Nº 3.331, divulgada na última segunda-feira (20/10).
“Mais uma conquista histórica. O Ministério da Saúde acaba de publicar a autorização para que possamos fazer o transplante de fígado no Hospital Delphina Aziz. Nossas equipes já estão preparadas para fazer o primeiro transplante com o padrão Delphina que estamos levando para toda a rede estadual”, afirmou o governador Wilson Lima.
O Hospital Delphina Aziz conta com a estrutura necessária para a realização de transplantes de fígado, incluindo equipes multidisciplinares especializadas, centros cirúrgicos e suporte de UTI. Nos últimos meses, o Amazonas estava se organizando para garantir que o procedimento ocorra com segurança. As ações incluíram a checagem dos fluxos internos e da organização da rede de saúde, revisão de estoques de hemocomponentes e hemoderivados, fortalecimento da captação de doadores e pactuação de fluxos entre os hospitais da rede pública.
De acordo com a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, o hospital está preparado para iniciar o primeiro transplante de fígado assim que houver o primeiro doador. “Nós já iniciamos, há meses, o ambulatório hepático. Temos pacientes já organizados, inseridos na fila de transplantes. Temos também todo o protocolo, equipamentos e insumos com equipe qualificada e preparada. Então, neste momento que a habilitação saiu, nós já estamos com bons passos adiantados para que o transplante possa acontecer na primeira oportunidade que nós tivermos”, disse.
Histórico de transplantes
O estado já possui histórico de procedimentos como transplante de rim, implante coclear e, desde 2019, cerca de 631 transplantes de córnea. Desde 2023 já foram realizados 223 transplantes renais e mais de 80 implantes cocleares, o que representa um crescimento de três vezes a média de procedimentos em relação a 2022, quando os transplantes eram realizados apenas pelo TFD (Tratamento Fora de Domicílio).