Economia

2025: APERTEM OS CINTOS

Desde o malfadado governo Dilma o Brasil não via números macroeconômicos tão ruins. Sem pandemia, o governo esquerdista do PT criou um déficit público recorde. O mercado não confia na gestão fiscal e o dólar inicia o ano acima dos 6 reais. Um cenário pior do que o previsto pelas principais consultorias da área econômica no final de 2023.

 O que aconteceu? Ora, o óbvio. A “filosofia” econômica do PT é essa: forçar o crescimento econômico com gasto público. Isso já deu errado no passado, mas eles não parecem se importar. Aliás, isso já deu tão errado que não seria absurdo pensar que tudo pode ser proposital.

 Gasto público exagerado, déficit fiscal, aumento de impostos e dólar alto são ingredientes do caldeirão demoníaco da “estagflação”, ou seja, inflação com estagnação econômica, o pior dos mundos. É uma bomba que tem alvo certo: os mais pobres.

 Durante mais de 30 anos a Argentina viveu esse descalabro econômico. Com a moeda valendo cada vez menos e a inflação galopante, muitos argentinos passaram a se proteger no dólar, operando-se no país uma dolarização informal que dura até hoje.

No entanto, muitos não têm essa opção. A classe média cai na pobreza e muitos pobres passam a viver das “bolsas” estatais, perdendo a dignidade de um emprego, passam a viver da esmola do governo. A conclusão é inexorável: a esquerda gosta tanto dos pobres que os multiplica.

 Como desarmar essa bomba? Ora, a política serve para isso. Quando a economia vai mal, a política corrige. Nos países parlamentaristas isso é claro: o governo cai, convoca-se novas eleições. Nos países presidencialistas é mais difícil corrigir, mas não é impossível. A política se impôs derrubando o governo Dilma e o ajuste foi feito pelo governo Temer.

 O que é intrigante (e assustador) é que hoje há nem sombra de disposição política para corrigir o desastre em curso. Ao contrário, um congresso sedento por “emendas” é parte do problema. Não há oposição consistente. “O congresso mais conservador da história”, eleito na onda “bolsonarista”, está rendido ao fisiologismo do centrão como sempre, salvo raras e honrosas exceções. Somando-se a isso, uma suprema corte ativista fornece uma blindagem jurídica para a agenda do governo em curso, o que se mostra claramente intimidatório aos opositores.

Enfim, o cenário não permite muito otimismo para 2025. Se as elites políticas e econômicas não alinhadas ao governo petista despertarem logo, talvez ainda haja conserto. Em breve passaremos do ponto de não retorno com prejuízos irreversíveis: fuga de capitais e de talentos, quebradeira de empresas, colapso em setores estratégicos, desemprego, miséria e caos social como ocorreu em outros países da américa latina governados por partidos membros do “Foro de São Paulo”. E ninguém poderá alegar ignorância.

Por Fernando Borges de Moraes, advogado

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