POLÍTICA – A revitalização do centro histórico de Manaus voltou a ser tema de debate na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). Dessa vez, uma sugestão para a ocupação de prédios abandonados ganhou a adesão dos parlamentares.
O deputado estadual Rozenha (PMB) repercutiu a proposta de ocupar espaços desocupados no centro da cidade com moradias populares. A ideia partiu do presidente da Aleam, deputado estadual Roberto Cidade (União Brasil).
O projeto de levar famílias para ocupar prédios abandonados pode ser uma alternativa para a retomada do movimento na região do centro de Manaus. Em reunião na Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus), Rozenha constatou a queda do comércio na região, resultado do crescimento da insegurança. “Virou uma cidade deserta, uma área absolutamente abandonada. Para ter ideia, na Avenida 7 de Setembro, entre a Getúlio Vargas e a Joaquim Nabuco, existe uma loja aberta, aos troncos e barrancos. Nessa quadra, nasceu a Foto Nascimento, o C.O., além do Edifício Antônio Simões que está abandonado. Tudo isso porque nos derradeiros 4 anos o centro de Manaus virou uma Cracolândia, onde os malfeitores se sentem à vontade para cometer crimes”, pontuou.
O deputado afirmou que, durante a reunião no CDL Manaus, verificou que os lojistas possuem um mapeamento dos imóveis que estão abandonados. A exemplo do projeto do Governo do Amazonas de transformar o antigo prédio da Receita Federal em moradia popular, outras propriedades também podem servir com o mesmo propósito. “É importante a gente entender que onde tem gente também tem movimento, negócio, comércio e prosperidade. Existem dezenas de prédios no centro de Manaus que podem ser requalificados. Inclusive, é mais barato do que comprar terrenos em área valorizada para construir moradia de baixa renda”, disse Rozenha.
Levar de volta o movimento para o centro de Manaus vai além da retomada do comércio. A atividade comercial nessa área da cidade é responsável pela geração de 38 mil vagas de empregos. As lojas do centro chegam a faturar mais do que o total do faturamento de todos os 14 shopping centers de Manaus. “O centro de Manaus guarda a história da tradição comercial no Amazonas. Por isso, faz parte de nossas vidas e de nosso passado”, concluiu Rozenha.
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