Aliados do governo alertam que só uma reforma ministerial não basta. Para 2025, Congresso será desafio, e Lula precisa agir para manter governabilidade
Petistas procuraram líderes do centrão nos últimos dias para discutir os desafios econômicos e políticos que ameaçam a reeleição de Lula em 2026.
Os aliados alertaram que uma simples reforma ministerial não será suficiente para reverter a crise e recuperar a credibilidade do governo. Segundo eles, é preciso um “freio de arrumação” com gestos concretos para o mercado e para a política.
Uma das sugestões do Centrão é mudar Fernando Haddad para a Casa Civil e colocar Geraldo Alckmin na Fazenda. A ideia seria renovar o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal e melhorar a interlocução com o mercado.
Alckmin, que simbolizou o centro político na campanha de 2022, tem boa relação com empresários e não adota uma visão expansionista de gastos. Já Haddad, apesar do prestígio, enfrenta resistência dentro do próprio PT e conflitos com Rui Costa, da Casa Civil.
Para fortalecer Haddad como sucessor de Lula, líderes do Centrão defendem sua nomeação na Casa Civil. No entanto, Gilberto Kassab, presidente do PSD, discorda. Ele disse a investidores que Haddad é um “ministro da Fazenda fraco” e não tem perfil para comandar.
Além disso, o Centrão alerta para dificuldades no Congresso em 2025. A crise das emendas e a interlocução falha do Planalto devem agravar os desafios do governo.
O maior entrave, no entanto, é Lula. Ele tem grande apreço por Rui Costa e não dá sinais de que cogita substituí-lo. Além disso, costuma tomar decisões em seu próprio tempo, adiando mudanças estratégicas.
*Com informações da BNC Amazonas