A ação contraria normas rigorosas que limitam esse tipo de carga devido aos riscos de incêndio
Embora a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tenha estabelecido regras claras para o transporte aéreo de baterias de íon lítio desde abril de 2016, a estatal dos Correios transportou, por anos, o material em aviões sem a devida autorização.
A ação contraria normas rigorosas que limitam esse tipo de carga devido aos riscos de incêndio.
Segundo levantamento do Poder 360, todos os gestores dos Correios continuaram a realizar esse tipo de transporte, sem a permissão da agência reguladora, até recentemente.
As baterias de lítio, usadas em diversos dispositivos eletrônicos, são altamente inflamáveis, especialmente no transporte aéreo, onde as condições de temperatura e pressão podem causar incêndios de difícil controle.
Desde que a Anac impôs restrições ao transporte dessas baterias, os Correios tentaram, sem sucesso, obter a autorização necessária, mas continuaram autorizando a prática internamente.
Durante os governos de Michel Temer, Jair Bolsonaro e Lula da Silva, a estatal manteve a prática de liberar o transporte de baterias por prazos temporários.
No entanto, em 14 de novembro de 2024, essa autorização foi suspensa após um incidente grave.
Dessa maneira, um avião dos Correios que transportava cargas sofreu um incêndio no interior da aeronave, forçando um pouso de emergência no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Investigações estão sendo conduzidas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que avalia a relação do incidente com a presença de baterias de lítio na carga.
*Com informações do Poder 360 e BNC Amazonas