MANAUS – Nem sempre nos holofotes quando o assunto é a área de tecnologia, as mulheres na Fundação Desembargador Paulo Feitoza (FPFtech) lideram uma verdadeira revolução silenciosa neste universo. Muitas vezes nos bastidores, elas são responsáveis por fazer acontecer projetos inovadores e assim ajudam a moldar o futuro da tecnologia, principalmente na Indústria 4.0.
Em seus 25 anos dando oportunidade ao talento de mulheres que estão na vanguarda de suas áreas, abrindo portas para futuras gerações na tecnologia, a FPFtech destaca neste Dia Internacional da Mulher a trajetória de suas profissionais que estão pavimentando o caminho para um futuro mais inclusivo e igualitário no setor.
Há mais de 20 anos, quando foi escolher qual carreira seguir, Andréia Vieira, atual diretora de Tecnologia, escolheu o campo da tecnologia justamente pela potencialidade de crescimento do público feminino na área. Ela ressalta a importância de a FPFtech ter mais de 50% de mulheres no seu corpo técnico, mas enfatiza que “a capacidade das pessoas independe de gênero”. “Qualquer pessoa é capaz de fazer o que ela quiser. É claro que nós temos que nos capacitar, nós temos que nos especializar. Nós temos que nos qualificar para que o mercado de trabalho enxergue o nosso potencial, enxergue o nosso valor”, acrescentou.
Já Teresa Guedes, que começou sua trajetória profissional na área de marketing, encontrou sua paixão pelo desenvolvimento de software na FPFtech. “Eu meio que caí no segmento de desenvolvimento de software muito pela área de criatividade e por saber lidar com pessoas. Eu acho que a inspiração é a curiosidade. Essa curiosidade que já é natural da mulher, de tentar fazer coisas novas e fazer coisas mais simples de forma mais criativa. Isso faz com que a gente caminhe por uma estrada de inovação. Que ainda está bem pouco percorrida, acredito que ainda tem muito espaço de inovação pela frente e que ainda pode ser trilhado”, salientou Teresa, que atribui parte de sua determinação em inovar e simplificar a outras mulheres líderes da empresa.
Ao relembrar de sua trajetória, Elaine Garcia, gerente de negócios da FPFtech, também recorda que o cenário era predominantemente masculino, mas que hoje já possível ver uma mudança, ainda que tímida. Garcia iniciou sua carreira como programadora e analista de sistemas, antes de decidir pela administração. “Hoje ainda tem uma diferença grande na proporção de homens e mulheres no setor, mas há 25 anos essa diferença era maior, então, a mulher vem ocupando cada vez mais o seu lugar no mercado de trabalho. Eu tive uma líder mulher que era uma era gerente da área de tecnologia, que me inspirou bastante, então acho que essa é a importância da gente ocupar os espaços. Dar a mão para as outras mulheres que estão vindo para que a gente possa inspirar e galgar todos os espaços que as mulheres podem ocupar”, ressaltou Elaine Garcia.
*Destaques em cargos de gestão*
Ana Ferreira, analista do time de pessoas da FPFtech, destaca a valorização das mulheres em cargos de gestão. “Nós temos muitas mulheres em cargo de gestão, não só no time de administração como também na área técnica, na área de desenvolvimento de software, hardware, sempre temos mulheres que desempenham papéis que são iguais aos desempenhados por homens, aqui não tem essa diferença”, afirmou. Ela, que iniciou sua trajetória na fundação há 10 anos como estagiária, compartilhou seu incentivo para que outras mulheres nunca desistam de buscar conhecimento e desenvolvimento profissional.
“Nós mulheres sempre temos que estar sim buscando por melhorias, e o desenvolvimento pode vir através de cursos, de procurar entender o cenário do mercado e se dar conta de que a partir do momento que nós buscamos nosso diferencial, acabamos levando o conhecimento conosco a qualquer oportunidade”, completou Ferreira.
No campo educacional, Nancy Cavalcante, diretora da escola tecnológica da FPFtech, a etech, oferece conselhos valiosos para mulheres que desejam seguir na área. Sua jornada é um exemplo de como a determinação pode abrir portas para novas oportunidades. “Em todos esses anos de profissão passei por quase todas as áreas do ambiente escolar e isso me proporcionou um conhecimento e uma visão analítica que jamais teria se tivesse focada em apenas dar uma boa aula. Então, em vez de focar em um cargo, foque em fazer além do que lhe é esperado e da melhor maneira possível, que o cargo será a consequência disso. Mas nunca abra mão da sua vida pessoal, família, lazer por causa do trabalho, encontre seu equilíbrio e tudo valerá a pena”, aconselhou a diretora.
Muito além de histórias inspiradoras, é importante ressaltar que o cenário atual da presença feminina no setor de tecnologia e P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) ainda tem bastante margem para crescimento. Embora ainda haja desafios, a participação das mulheres está crescendo e, no Brasil, aproximadamente 20% dos profissionais de tecnologia são mulheres. Em algumas áreas específicas, como engenharia de software, esse número chega a 30%.
***Com informações de assessoria