Texto e fotos: Divulgação/CBA |
O interesse transfronteiriço nas atividades voltadas à bioeconomia amazônica levou o embaixador do Equador no Brasil, Carlos Alberto Velástegui, a visitar o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), nesta quarta (5), para verificar as iniciativas desenvolvidas na instituição para transformação de insumos da biodiversidade regional por meio da biotecnologia. Recebido pelo gestor do Centro, Fábio Calderaro, o diplomata ainda conheceu a estrutura laboratorial do CBA e alguns resultados práticos das atividades realizadas pelos pesquisadores da instituição.
Durante reunião na qual pôde compreender melhor quais os objetivos e desafios do CBA na região, o embaixador Velástegui comentou sobre as possibilidades de expandir as iniciativas de base bioeconômica para integração de atividades entre Brasil e Equador. “Acredito que aqui já se tem claro o posicionamento do Centro, o que se quer trabalhar no que se refere às cadeias produtivas, a relação com os pequenos produtores até chegar ao produto final, as transformações necessárias para agregação de valor. No Equador está sendo feito algo similar, talvez em proporção menor do que se faz aqui. Mas todos devemos atuar para apoiar a bioeconomia”, disse.
O gestor do CBA afirmou que a definição do que se pretende para o novo Centro de Bionegócios da Amazônia, cujo processo de transição está em andamento desde a assinatura do decreto presidencial 11.516/2023, vem ocorrendo há pouco tempo. “Toda a estruturação da modelagem de negócios foi feita recentemente. E essa pode ser uma boa hora de pensar em como podemos cooperar com os outros países. Se conhecermos mais a estrutura produtiva atual do Equador, os institutos que lá existem e que estão alinhados com o objetivo, isso pode ajudar. Até saber quais instituições estão posicionados mais ao final da cadeia produtiva, como nós, tudo isso pode colaborar para que pensemos em uma cooperação internacional”, observou Calderaro.
Cadeia do cacau
Um dos produtos que poderiam ser beneficiados pelo avanço da bioeconomia na região, considerando o potencial que há no Equador, seriam os oriundos da cadeia do cacau. O embaixador Velástegui destacou que o insumo é trabalhado por diversas empresas locais e é exportado como chocolate, ainda que em baixa escala, para a Europa e Estados Unidos, por exemplo. O aperfeiçoamento de atividades bioeconômicas possibilitaria um avanço na cadeia do cacau no aperfeiçoamento da qualidade e apresentação do produto.
“A atração de empresas-âncora, que possam atuar em mutualismo com as empresas menores e a base da cadeia, é fundamental para alcançarmos objetivos como a consolidação de atividades com base na bioeconomia”, finalizou Calderaro.