Amazonas

Governo quer explorar Foz do Amazonas antes da COP30

O governo federal quer garantir a licença do Ibama para exploração de petróleo na Foz do Amazonas até junho, enfrentando resistência ambientalista

O governo federal trabalha para obter, ainda no primeiro semestre deste ano, a licença ambiental do Ibama que permitirá a exploração de petróleo no bloco 59 da Bacia da Foz do Amazonas. A decisão é vista como essencial para a Petrobrás ampliar suas reservas, mas enfrenta resistência de ambientalistas devido aos riscos ecológicos na região.

O Palácio do Planalto enxerga a proximidade da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em novembro, como um fator de pressão para evitar críticas internacionais.

O Brasil busca se consolidar como liderança na transição energética, ao mesmo tempo em que pretende expandir sua exploração de combustíveis fósseis.

Uma reunião realizada em Brasília na última quarta-feira (29/1) tratou do tema em detalhes. Estiveram presentes ministros como Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), além da presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

A conclusão do encontro foi que a licença deve ser concedida até junho.

A Petrobrás já atendeu às principais exigências do Ibama, incluindo a construção de um centro de despetrolização de animais em Oiapoque (AP), medida que visaria mitigar impactos ambientais.

Apesar de um parecer técnico do Ibama ter rejeitado a autorização em outubro passado, o presidente do órgão reabriu o processo para novas análises.

Ambientalistas alertam para os riscos da exploração na Foz do Amazonas, região de difícil acesso e sensível ecologicamente.

O histórico da bacia aponta desafios operacionais significativos: dos 95 poços perfurados desde 1970, apenas um resultou em descoberta comercial de gás natural.

Enquanto o governo defende a exploração como estratégica para o futuro energético do país, organizações ambientais argumentam que a iniciativa contraria os compromissos globais de combate às mudanças climáticas.

*Da BNC Amazonas

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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