POLÍTICA – O Senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Braskem, liderou nesta quarta-feira (8) uma diligência em Maceió, acompanhado por membros da Comissão Parlamentar de Inquérito, para avaliar os impactos causados pela extração de sal-gema na região pela petroquímica investigada. Esta atividade resultou no afundamento de diversas localidades residenciais, prejudicando mais de 60 mil pessoas em vários bairros da capital alagoana.
Aziz expressou solidariedade aos afetados, reconhecendo o sofrimento daqueles que foram obrigados a deixar suas casas, muitas habitadas há décadas por famílias que perderam tudo. Durante a visita, os parlamentares ouviram depoimentos que os sensibilizaram profundamente.
O presidente da CPI ressaltou ainda duas questões fundamentais: Uma delas é a necessidade de revisar as indenizações por danos morais concedidas às vítimas. Em segundo lugar, ele cita que as propriedades das terras afetadas são do município de Maceió, não da empresa investigada. Aziz levantou a preocupação sobre quem será responsável por garantir a segurança dessas áreas nos próximos anos, até que a situação se estabilize.
Aziz enfatizou que o relatório final da CPI deve ser votado em 22 de maio, garantindo que não haverá dúvidas sobre o indiciamento de algumas pessoas. Ele citou o reconhecimento da Braskem durante depoimento, assumindo responsabilidade pelo ocorrido, destacando a falta de fiscalização por parte de órgãos do meio ambiente.
“Houve sim o reconhecimento pela Braskem em depoimento à CPI que elas são responsáveis pelo que aconteceu. Não é uma falha sísmica, não é uma falha geológica dos terrenos, mas, sim, houve também uma falta de fiscalização aqui do Instituto do Meio Ambiente. Ele multou e depois ‘desmultou’. Tem uma série de coisas que virá no relatório e esse papel a gente quis fazer com a maior isenção possível. Não é nada contra, mas absolutamente tudo à favor da população que foi prejudicada, que infelizmente são quase 60 mil pessoas”, completou Aziz.
O senador também questionou os valores das indenizações, levantando a discrepância entre os R$ 4,5 milhões recebidos pelos moradores e os R$ 1,7 bilhão destinados à Prefeitura de Maceió. Ele expressou preocupação sobre a destinação desses recursos, questionando a relevância de certas obras financiadas pela empresa.
***Com informações de assessoria