AMAZONAS – A geografia por causa da facilidade logística pelos rios, facilita a entrada de grandes carregamentos de drogas no Amazonas, na análise do diretor do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), delegado Paulo Mavignier, ao falar da dificuldade que é combater o tráfico e o narcotráfico de drogas no Amazonas. “A guerra às drogas nunca vai acabar. Nós nunca vamos vencer, isso é fato. Mas se nós não estivéssemos combatendo, como é que não estaria isso?”, salientou.
O diretor da Narcóticos disse que o Denarc atua para desarticular os cartéis e a entrada de grandes carregamentos de drogas no Estado, mas afirmou que o Amazonas é uma das principais rotas de passagem de entorpecentes para o restante do Brasil e Europa.
Durante a entrevista para o Meio Dia Com Jefferson Coronel, desta quarta-feira (15), Mavignier comentou que o Brasil não é produtor de drogas, mas que o Amazonas se tornou rota de passagem do produto ilícito por fazer fronteira com dois países, Peru e Colômbia, apontados como maiores produtores de cocaína e maconha.
O delegado também alertou sobre o aumento da venda e uso de Ecstasy por pessoas da classe alta nas áreas de flutuantes em Manaus. Reforçou ainda que as apreensões da droga sintética, na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) de Manaus, registraram aumento. “O Denarc faz os procedimentos das drogas apreendidas nessa Empresa. Quando tem grandes festas no Amazonas, aumenta a apreensão de Ecstasy nos Correios”, comentou.
Aos jornalistas Jefferson Coronel, Gerson Severo e ao advogado Fernando Borges, o diretor do Denarc reforçou que o Ecstasy é um entorpecente bastante consumido em festas de música eletrônica na capital. “A pessoa que consome essa droga sintética não consome bebida alcóolica, porque ela causa uma desidratação muito grande”, alertou o delegado.
O Denarc é um dos departamentos dentro da estrutura da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), que tem por objetivo combater o tráfico e o narcotráfico de drogas no Estado.
