AMAZONAS – O Meio Dia com Jefferson Coronel desta quinta-feira (19), entrevistou o presidente da Associação dos Flutuantes do Tarumã Açu (Afluta), Lúcio Bezerra, sobre os impactos causados pela falta de estação de tratamento na área do Tarumã Açu, em decorrência dos problemas ambientais devido a atuação de flutuantes regulares e irregulares no local. O deputado Estadual Delegado Péricles (PSL), também participou da discussão durante o programa.
Questionado pelo apresentador Jefferson Coronel sobre o futuro negativo em relação ao meio ambiente, com a atuação dos flutuantes de locação na área do Tarumã, Lúcio Bezerra disse que a associação dos donos de flutuantes do Tarumã está desde o mês de maio deste ano enviando ofícios aos órgãos de controle para denunciar o aumento no número de flutuantes, para alertar os órgãos públicos sobre o problema. “Chegamos ao ponto de enviar um ofício para o Ministério Público (MP) pedindo o embargo de novas estruturas até que se defina uma regulamentação”, pontuou.
Cerca de 489 estruturas flutuantes foram identificadas somente na região do Tarumã Açu, após um levantamento feito pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), mas apenas dez flutuantes possuem licença do IPAAM para funcionar.
Os comentaristas do Meio Dia, o jornalista Gerson Severo e o assessor jurídico, Fernando Borges, também entraram na discussão sobre os impactos causados ao meio ambiente por causa do aumento da quantidade de flutuantes no Tarumã bem como de políticas públicas direcionadas para regulamentação de atividades comerciais.
O deputado delegado Péricles comentou durante participação no Meio Dia, que a situação dos flutuantes tem causado preocupação, e comentou que as estruturas flutuantes colocadas no rio nos últimos tempos, não possuem estação de tratamento de esgoto, e que por causa disso apresentou um Projeto de Lei (PL), que obriga os flutuantes implantarem estação de tratamento de esgoto. “Porque não é só a poluição ao meio ambiente, mas também uma poluição visual no local. Queremos coordenar e manter mais organização nessas áreas de flutuantes”, disse.
O presidente da Afluta, Lúcio Bezerra, informou que 79 flutuantes são associados junto a Afluta, e que 99% dos associados possuem estação de tratamento de esgoto. Do total de associados, apenas três moram no local. Ele disse que o investimento para implantar as estações custa, em média, R$ 3 mil.