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No CBA, Sidney Leite debate com entidades desenvolvimento tecnológico para cadeia produtiva do pirarucu de manejo

POLÍTICA – O deputado federal Sidney Leite (PSD-AM), reuniu  nesta sexta-feira (15), na sede do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), para discutir o desenvolvimento de soluções tecnológicas que fortaleçam a cadeia produtiva do pirarucu de manejo. O encontro contou com a presença de orgãos federais e institutos que já trabalham com o pescado na região amazônica.

Atualmente existem 67 áreas autorizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renovávais (IBAMA), no Amazonas para manejo do pirarucu, compreendendo 260 comunidades que somam mais de cinco mil manejadores, mas acredita-se que o número seja ainda maior. 

Uma das maiores pautas quando se trata do manejo deste pescado, é o processo de evisceração e de abate, que atualmente diminui a qualidade da carne e o tempo para revenda do peixe. Esse assunto vem sendo tratado como prioritário pelo parlamentar em Brasília, junto ao Ministério de Pesca e Aquicultura, mas de acordo com Sidney, a infraestrutura também deve ser uma prioridade, uma vez que isso garante a competitividade junto ao mercado.

“Hoje precisamos avançar em algo que Mamirauá já está bem mais a frente, a base flutuante para receber o peixe. Isso garante que a evisceração seja feita de forma mais célere, bem como a refrigeração, uma vez que a forma do abate praticada hoje libera uma enzima que reduz a qualidade da carne. Mas precisamos pensar também em soluções como a do atum, que também é um peixe grande, mas que consegue ser refrigerado por completo a partir do momento do abate, isso faz toda a diferença para carne e é aí que entra o CBA”, disse. 

Além do deputado federal, o encontro reuniu representantes do Ibama, Universidade Federal do Amazonas, Superintendencia Federal da Pesca, Instituto Mamirauá e o presidente do CBA, Márcio Miranda para que um projeto fosse construído afim de beneficiar a cadeia em todo o estado, com recursos do Fundo Amazônia. 

Com o objetivo de impactar as comunidades amazônicas, o CBA seria o elo de ligação entre a pesquisa, o desenvolvimento do manejo enquanto cadeia produtiva, garantindo a proteção da espécia, a conservação da floresta e a qualidade de vida dos profissionais da pesca. 

“Essa é a razão pela qual o CBA existe, reunir as pessoas estratégicas e pensar projetos e soluções que desenvolvam a região, melhorando a vida desses ribeirinhos. Foi sugerido aqui um encontro gourmet como alternativa de introduzir o pirarucu na alta gastronomia, já vamos nos adiantar para realizarmos esse evento. Se tem pescado é preciso também ter mercado para escoar e assim escalar, porque o potencial de negócio existe.”, afirmou Miranda.

Emiliano Ramalho, que é diretor técnico do Instituto Mamirauá, disse que é preciso colocar o pirarucu na prateleira certa, para que ele possa competir de forma justa e no preço ideal, uma vez que hoje ele ainda tem um valor comercial abaixo da qualidade ofertada.

“Atualmente o manejo de pirarucu é a cadeia mais estruturada que nós temos e isso precisa ser fortalecido, mas o trabalho de marketing, na divulgação desse produto precisa acontecer para colocar o pirarucu na prateleira certa dos estabelecimentos e assim ele finalmente começar a ter a valorização que merece”.

Essa iniciativa nasceu a partir de uma provocação de Leite à diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Tereza Campello, que deve receber a equipe do Amazonas na próxima terça-feira (19), em Brasília.

***Com informações de assessoria

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