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O apoio popular às forças de segurança e a necessidade de um enfrentamento mais firme contra o crime organizado

Manaus (AM) – As operações policiais, antes frequentemente criticadas e longe de receberem o apoio da maioria da população, hoje passam a contar com um crescente apoio popular, reflexo de uma população cansada da escalada da violência, do aumento significativo do tráfico de drogas, do avanço das facções criminosas na dominação de territórios e da sempre presente sensação de impunidade.

A recente Operação Contenção, desencadeada no Rio de Janeiro por suas forças policiais em outubro deste ano, ilustra esse novo momento. Apesar de ter sido a maior e mais letal operação policial da história do país, resultando em diversas prisões de criminosos, apreensão de um arsenal de fuzis, mas também deixando um número expressivo de mortos e feridos (inclusive policiais), a operação tem recebido expressivo apoio e respaldo social, conforme apontam diversas pesquisas e análises qualitativas de opinião. Pesquisas estas feitas por renomados institutos de pesquisa do país.

Esse apoio não é casual. É o resultado direto da compreensão, por parte da sociedade, de que o enfrentamento ao crime organizado exige firmeza, além da técnica e da coragem. O cidadão comum reconhece o esforço diário de policiais que, com risco da própria vida, realizam a proteção de comunidades e territórios contra a dominação de facções que impõem o medo, a violência e a desordem urbana. O reconhecimento público ao trabalho das forças de segurança é um combustível essencial para elevar o moral da tropa, fortalecer a confiança institucional e reafirmar o compromisso das corporações policiais com a paz social.

A criminalidade organizada se sofisticou. Hoje, movimenta milhões com o tráfico de drogas e armas e outras ilegalidades, corrompe pessoas e instituições e avança sobre territórios urbanos e rurais. O combate a esse fenômeno exige não apenas operações integradas e inteligência policial, mas também o respaldo moral da sociedade e o amparo jurídico do Estado. É preciso entender que não se trata de uma guerra entre policiais e criminosos, mas de uma luta da sociedade brasileira contra o avanço de estruturas criminosas que tentam corroer o tecido social e impor um poder paralelo.

Por isso, é imprescindível que o Estado brasileiro endureça as penas para os membros de organizações criminosas, restringindo benefícios e ampliando o tempo de cumprimento em regime fechado. A punição efetiva e o isolamento real dos líderes e integrantes das facções são medidas indispensáveis para conter o poder do crime dentro e fora dos presídios.

A valorização das forças policiais, o apoio popular às suas ações/operações e o aperfeiçoamento do sistema penal são pilares de uma política de segurança pública moderna e eficiente. O Brasil precisa continuar acreditando em seus policiais, homens e mulheres que representam a linha de frente da defesa da lei, da ordem e da esperança de dias mais seguros.
Ninguém vai parar a gente!

Thiago Balbi de Souza Lima é Coronel da Polícia Militar, bacharel em Direito pela UEA e mestre em Direito Constitucional pela UNIFOR. Atualmente exerce a função de Subcomandante-Geral da Polícia Militar do Amazonas

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