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Semsa alerta para a baixa procura por mamografia na capital amazonense

Manaus (AM) – A procura pelos exames de mamografia na capital amazonense está em baixa. A informação foi divulgada na quinta-feira (16/10) pela Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que alega dispor de alta capacidade para ofertar o serviço.

Dados divulgados pela prefeitura apontam que, no ano passado, foram realizadas 28 mil mamografias na rede municipal de saúde, o que representa 30% do quantitativo estimado para o rastreio de câncer de mama no município. Já no acumulado deste ano, de janeiro a setembro, o número de exames registrados foi de 27 mil.

No Sistema Único de Saúde (SUS), a mamografia é recomendada, principalmente, no rastreio ativo de casos suspeitos entre mulheres na faixa etária de 50 a 74 anos e no atendimento sob demanda entre 40 e 49 anos, grupos considerados de maior risco para a doença.

A chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher da Semsa, enfermeira Lúcia Freitas, explica que a rede municipal de saúde em Manaus tem alta capacidade instalada para a realização da mamografia, com a oferta do exame em seis unidades tradicionais de saúde e nas Unidades Móveis de Saúde da Mulher, suficiente para atender todo o público estimado.

“É um exame que permite o diagnóstico precoce do câncer de mama, o que vai possibilitar o início do tratamento também precocemente e aumentar as chances de cura da doença para 95%”, afirma Lúcia Freitas.

Além da ação de rastreio de casos suspeitos no grupo de risco de 50 a 74 anos, necessária a cada dois anos, com ou sem sintomas, a Semsa segue as orientações do Ministério da Saúde e não restringe o acesso de mulheres de outras faixas etárias ao exame de mamografia, mas estabelece orientações para que o exame possa ser utilizado de forma mais efetiva no diagnóstico.

Na faixa de 40 e 49 anos e acima de 74 anos, sem sinais ou sintomas suspeitos, a recomendação é que o exame seja realizado por demanda, em comum acordo entre a paciente e o médico, após avaliação do caso individualmente e levando em conta os riscos e benefícios.

“As unidades de saúde fazem o rastreio ativo, convidando as mulheres de 50 a 74 anos para realizar o exame, porque é o grupo de pessoas de maior risco para a doença. Nas outras faixas, é importante avaliar cada situação, especialmente quando há casos da doença na família ou sintomas do câncer com aparecimento de nódulo”, destaca Lúcia Freitas.

A análise feita pela Divisão de Atenção à Saúde da Mulher da Semsa sobre o resultado de mamografias, realizadas entre 2020 e 2024 em Manaus, apontou que quase 62,54% das lesões precursoras do câncer de mama no total de exames foram identificados no grupo de mulheres de 50 a 69 anos.

“Isso reforça a importância do exame para mulheres na faixa de rastreio”, informa Lúcia Freitas.

Mais informações

Fora as orientações de rastreio por faixa etária, a recomendação é para que a população fique atenta às alterações suspeitas e procure uma unidade de saúde para obter um diagnóstico, em qualquer idade. O sintoma mais comum é o surgimento de nódulo mamário, mas podem surgir: edema cutâneo, semelhante à casca de laranja; dor; retração cutânea; descamação ou ulceração do mamilo; inversão do mamilo; e secreção nos mamilos.

A Semsa disponibiliza mamografia em seis unidades de saúde, com encaminhamento pelo Sistema de Regulação (Sisreg). O exame também está disponível nas cinco Unidades Móveis mantidas pela Prefeitura de Manaus, onde mulheres na faixa de rastreio (50 a 74 anos) não precisam apresentar encaminhamento.

“Nem toda alteração na mamografia vai indicar câncer de mama, mas aponta alterações que podem apresentar risco da doença. Em alguns casos é necessário complementar com a ultrassonografia. O diagnóstico definitivo é dado a partir do resultado da biópsia mamária”, explica Lúcia.

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