Manaus

Greve geral: servidores de Manaus anunciam ato contra a Reforma Administrativa

Servidores das esferas municipal, estadual e federal realizam, nesta quarta-feira (18), ato nacional visando pressionar os parlamentares a votarem contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32, conhecida como Reforma Administrativa. Em Manaus, a manifestação ocorrerá às 15h, com a concentração na Praça Heliodoro Balbi (da Polícia). Em seguida, os manifestantes sairão em passeata pelas ruas do Centro até à Praça da Matriz.

Dentre os organizadores da ação em Manaus está o Sindicato dos Trabalhadores da Justiça do Trabalho da 11ª Região e Justiça Federal do Amazonas (SitraAM/RR). Segundo o presidente da entidade, o ato desta quarta-feira deve marcar o início da mobilização em nível nacional para alertar à população sobre os perigos contidos na PEC 32.

“Já estávamos nos movimentando em ações de conscientização e até manifestações públicas, mas agora unimos todos os servidores do Brasil para um ato único. É muito importante que continuemos nessa luta, porque a população e os funcionários públicos precisam saber que, se aprovada, a reforma vai nos deixar indefesos, refém de políticos”, afirma Luiz Cláudio Correa.

Cronograma e ações

O evento desta quarta (18) foi nomeado ‘Greve Geral do Serviço Público’ e deve ocorrer em três fases. A primeira inicia às 8h, com a mobilização das bases para o ato principal. Em seguida, às 11h, será a vez da live ‘Prejuízos da PEC 32 para o povo brasileiro’, no perfil do SitraAM/RR no Facebook e demais entidades participantes do movimento. Por último, o ato principal ocorre às 15h, com panfletagem pelas ruas do Centro de Manaus.

No início da semana, servidores de todo o Brasil ‘esquentaram’ as manifestações começando com uma série de tweets com a hashtag #PECDoRetrocesso, no Twitter. Além disso, entidades nacionais criaram o ‘Grupo Tamo Junto contra PEC 32’ no WhatsApp, onde servidores têm trocado links, imagens e outros materiais sobre a reforma.

Perigos da reforma

A PEC32 é a maior ameaça que o funcionalismo público já viu desde a redemocratização. O texto é carregado de parágrafos que retiram uma série de direitos dos servidores, como a estabilidade, a progressão de carreira no modelo atual, o fim dos concursos e a possibilidade de políticos nomearem pessoas de confiança em cargos estratégicos.

“É nosso futuro que está em jogo. São nossos direitos que serão retirados, inclusive com a possibilidade de demissão a mando de políticos ‘de plantão’. Por isso, convocamos toda a sociedade e, principalmente, servidores públicos para que se juntem a nós nessa luta. Em especial, os da Justiça do Trabalho e Justiça Federal, que têm sofrido com a escassez de servidores e com os efeitos da última Reforma Trabalhista”, alerta Luiz Claudio Correa, presidente do SitraAM/RR.

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